A vida é feita de escolhas. Todos os dias tomamos decisões que afetam a nossa vida. A vida é um reflexo das decisões que tomamos. Como tomar as decisões certas? Como fazer as melhores escolhas? Muitas vezes, temos de escolher não apenas entre o bem e o mal, mas entre o bom e o melhor. Não poucas vezes, são coisas boas em si mesmas que nos afastam do nosso alvo mais excelente. Sempre que sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes, estamos invertendo as prioridades da vida. Na busca das primeiras coisas primeiro, precisamos estabelecer prioridades corretas:
1. Deus antes das pessoas (Mt 12.28-31) – No Universo existe Deus, pessoas e coisas. Devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. Se cultuarmos a nós mesmos, iremos desprezar a Deus, amar as coisas e usar as pessoas. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Ele deve ocupar o primeiro lugar em nossa vida, em nossa agenda, e em nossos sonhos. Devemos buscar o reino de Deus em primeiro lugar em nossa vida (Mt 6.33). Se estivermos tão ocupados a ponto de não termos tempo para Deus nem para a sua Igreja, estaremos ocupados demais.
2. As pessoas antes das coisas (Mc 12.31) – O mundo valoriza o ter mais do que o ser. As pessoas valem o quanto têm. Mas, pessoas são mais importantes do que coisas. O trabalho é uma coisa boa, ganhar dinheiro para o sustento da família é uma necessidade básica, mas não podemos esquecer ou desprezar o cônjuge e os filhos e sacrificar o relacionamento familiar para ajuntarmos mais bens materiais. Os que querem ficar ricos caem em muitas ciladas e angústias, enquanto a piedade com o contentamento é grande fonte de lucro (1Tm 6.6-10).
3. O cônjuge antes dos filhos (Mc 10.7-9) – Os filhos são herança de Deus, mas não devem ocupar o lugar do cônjuge. Pecamos contra os nossos próprios filhos quando damos mais atenção a eles do que ao cônjuge. O maior bem que podemos fazer aos filhos é amar o cônjuge. Quando os pais vivem em harmonia, amor e fidelidade, os filhos sentem-se seguros e protegidos. A falência do casamento é um desastre na vida emocional e espiritual dos filhos. Marido e mulher tornam-se uma só carne. Os filhos nascem, crescem e saem do ninho, mas a relação maridomulher só deve ser interrompida pela morte (Rm 7.2).
4. Os filhos antes dos amigos (Pv 22.6) – Os pais precisam investir tempo, cuidado e carinho na educação dos filhos (Dt 6.6-9). Os filhos são educados não apenas com palavras, mas, sobretudo, com exemplo (Pv 22.6). Os filhos precisam não apenas de presentes, mas, principalmente, de presença. Precisamos criar pontes de amizade com os nossos filhos, ter tempo para eles, ouvi-los, orientá-los, encorajá-los e discipliná-los. Eles devem vir antes dos amigos. A família merece o melhor do nosso tempo e da nossa atenção.
5. O cônjuge antes de si mesmo (Ef 5.29) – O egoísmo é a antítese do amor. O amor não é egocentralizado, mas outrocentralizado. Não nos casamos para sermos felizes, mas para fazermos o nosso cônjuge feliz. Nosso alvo no casamento não é satisfazer a nossa própria vontade, mas agradar ao nosso cônjuge (1Co 7.33). O outro vem antes do eu. Renúncia do eu e investimento no outro é o caminho para a realização da felicidade conjugal. Enfrentamento dos problemas, e não a fuga deles, é a forma mais sensata de solucionarmos os conflitos conjugais.
Nossos valores dirigem nossas escolhas e ações. Precisamos ser eficientes não apenas para lidar com coisas, mas, sobretudo, para tratar com pessoas. O Cristianismo trata essencialmente com relacionamentos. Que possamos ter discernimento para buscarmos as primeiras coisas primeiro.
( Fonte: Euklea Torres, minha amiga e serva Senhor!!!)
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